Forma e cor nº 1, 1967.

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Tomoshige Kusuno. Forma e cor nº 1. 1967. Tinta a óleo s/tela aderida em estrutura de madeira. 120 x 90 x 12 cm. Grande Prêmio de Pintura, XXII SMBA/PBH, 1967. Acervo Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte.

Na obra do artista japonês percebe-se o recorte da superfície bidimensional através do encaixe modular de formas geométricas, que, se no todo possuem planos identificados como quadrilá­teros, permite também uma análise por unidades, indicando a presença de triângulos camuflados entre as extremidades e o interior da tela.

A adoção das cores de entonação quente cria uma atmosfera retida no encontro entre o vermelho, o laranja e o amarelo. Intensidade tonal des­compassada à transparência do retângulo principal centralizado na compo­sição, no qual o uso do branco como camada intermediária ao verde e ao azul indica a existência de uma região interna, dotando a estrutura antes concebida como forma maciça, de tridimensionalidade e volumetria. O espaço do quadro resume-se aos próprios limites internos conformados por seus movimentos congruentes realizados de cima para baixo. Há ainda a presença de elementos não totalmente assinalados pela geometria pratica­da, verificáveis no canto inferior e representados na cor azul, branco e algo que se aproxima de um marrom levemente diluído.

Para saber mais: VIVAS, Rodrigo. Abstrações em movimento: Concretismo, Neoconcretismo e Tachismo. Porto Alegre: Zouk, 2016. 140 p.

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