Eu Disse… Era Morte Certa, 1969.

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Maria do Carmo Vivacqua (Madu). Eu Disse… Era Morte Certa. 1969. Tinta sobre vidro. 71,4 x 51 x 6 cm. Prêmio Prefeitura de Belo Horizonte. 1969 – I Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte. Acervo Museu de Arte da Pampulha. MUSEU DE ARTE DA PAMPULHA-MAP. Inventário: Museu de Arte da Pampulha. Belo Horizonte, 2010.

Esta obra da artista remete à reprodução de um raio-x do tórax de um indivíduo. O título da obra associa o entendimento da mesma como um diagnóstico “infeliz” para o sujeito em questão. Como no exame real, a artista detalha o “diagnóstico” em recortes localizados na parte inferior da tela. O fundo escuro dá o contraste necessário à visualização da “mensagem” que o título da obra revela. A proposta se associa à utilização de materiais incomuns às artes. O questionamento remete à existência de materiais “não artísticos”, além do deslocamento do que seria uma representação do campo da medicina para o espaço museal.

Como se observa, há uma proposição “inovadora”, relacionando campos diferenciados na produção da obra artística, com a utilização de materiais não usuais e o próprio alargamento de temática ou da maneira de produção do trabalho. Nesse sentido, questiona-se o fato de os Salões mineiros ainda recebendo tais inovações, nesta e em outras obras, serem secundarizados pela historiografia da arte.

Para saber mais: ALVES, Joana D’arc de Jesus; VIVAS, Rodrigo. Premiações nos Salões de Belo Horizonte : da ‘desmaterialização’ à realidade do circuito artístico (1969 a 1972). 2015. 113 f. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Belas Artes.

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