Caixa Olfativa, 1970.

jose-ronaldo-lima-caixa-olfativa-proposta-sensorial-com-madeira-policromada-e-perfumada-20-x-5-x-5-cm-exposicao-happening-objeto-e-participacao-palacio-das-artes

José Ronaldo Lima. Caixa Olfativa. Proposta Sensorial com madeira policromada e perfumada. 20 x 5 x 5 cm. Exposição-happening Objeto e Participação, Palácio das Artes. Belo Horizonte, abril de 1970.

São 9 caixas, pretas, em tamanhos diferentes dispostas a uma distância de dois metros, uma das outras. Nelas é possível encontrar essências diferentes como: jasmim, fumo, pimenta-do-reino, coentro, erva-doce, funcho, sassafrás, orégano e violeta. José Ronaldo Lima interessa-se pelo aspecto documental e faz questão de registrar a relação que o público estabelece com sua obra e, posteriormente, incorpora os registros na apresentação das mesmas.

Na XI Bienal de São Paulo, em 1971, José Ronaldo Lima participa com as Caixas Olfativas que, na ocasião, recebe o nome de Ambiente Olfativo. O artista também envia as propostas táteis que são apenas descritas pelos nos jornais da época. Para José Ronaldo Lima, o interesse seria o de romper com o monopólio do aspecto visual das obras artísticas, aproximando-se das propostas sensoriais de Hélio Oiticica e Lygia Clark. O artista buscava criar uma “sinfonia olfativa”, estabelecendo conexões entre as notas musicais e os cheiros. Na segunda parte da obra, o observador sai do ambiente olfativo-auditivo, passando a interagir com as propostas táteis.

Para saber mais: VIVAS, Rodrigo. A vanguarda passou por BH: o mito da irradiação e ressonância. V.13 no1/janeiro-junho de 2014 [2015]

Deixe um comentário