Mulheres x Destino; Mulheres x Ritual; Mulheres x Perdição, 1967.

captura-de-tela-2016-12-12-as-17-29-00

Mulheres x Destino; Mulheres x Ritual; Mulheres x Perdição. Bernardo Caro, 1967. (87 x 55,5 cm). Foto: Nelyane Santos, janeiro de 2014.

As xilogravuras feitas em papel seda intituladas Mulheres x Destino, Mulheres x Perdição e Mulheres x Ritual foram expostas no Salão de 1967, o que poderia sugerir que fazem parte de uma série ou de um tríptico, porém somente a primeira foi premiada. Mesmo assim, o artista fez a doação das outras duas xilogravuras para o MAP, mantendo-as juntas num mesmo acervo museológico, talvez por considerar estas obras como interligadas em sua proposta visual e em sua temática.

As três gravuras possuem similar distribuição de elementos gráficos: um rosto feminino de perfil em maior escala com cabelo em cores vibrantes; uma área com hieróglifos, símbolos gráficos e uma frase com fundo em preto (com exceção de Mulheres x Ritual) e uma área com um dos hieróglifos ampliados com fundo em vermelho. Trata-se de esquemas pictóricos com figuração narrativa, cores vibrantes e recortes de cenas bem demarcadas. Os elementos gráficos foram criados por Bernardo Caro em 1965, chamados pelo artista de “alfabeto deformado”, uma espécie de criptografia que iria utilizar em várias de suas obras ao longo de quatro décadas, como fundo de telas ou mesmo tema principal (GOMES, 2008).

Para saber mais: SANTOS, Nelyane Goncalves; VIVAS, Rodrigo. A história da arte de Belo Horizonte a partir de obras dos Salões Municipais entre 1964 e 1968. 2014. 165 f. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Belas Artes.

Deixe um comentário