Oscar Ghiglia. Ritratto dei Pittore Barbieri. 1912

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Oscar Ghiglia. Ritratto dei Pittore Barbieri. 1912. Óleo sobre tela. 68,5 x 60 cm.

A pintura produzida por Oscar Ghiglia,” Ritratto Del Pittore Barbieri , de 1912, também permite a comparação com a obra de Zina Aita, apresentando características típicas do retorno à ordem: “clareza na for­ma e sobriedade na composição, nenhuma afetação e nenhuma excentri­cidade, exclusão cada vez maior do arbitrário e do obscuro”.

Ghiglia também busca na figura humana o tema de sua represen­tação. Tem-se aqui um homem que posa para um pintor, escolhendo minuciosamente seus gestos. Encontra-se em uma sala, sentado em uma cadeira, segurando na mão direita uma bengala e com a mão esquerda colocada de forma artificial no rosto. Poder-se-ia imaginar que o chapéu colocado no colo não possui apenas o papel de compor sua vestimenta. Este cumpre, também, uma necessidade harmônica da cena e contra- põe-se com as outras cores utilizadas no quadro. O mesmo acontece com as cores da calça, do paletó e o fundo da cena.

E interessante perceber que em O Retrato, de Zina Aita, a identida­de e personalidade do representado não são importantes. Buscam-se as­pectos mais universais na composição, valorizando apenas o rosto em contraposição à paisagem. Com isso, a escolha por uma retratação mais universal do tema torna o título secundário. Os retratos, pelo menos até o início do século XX, são padronizados pelas exigências de quem contra­tava o pintor para ter sua imagem imortalizada. A composição do perso­nagem e os objetos que simbolizam atributos de diferenciação social são, metodicamente, situados na tela, o que, geralmente, exigia uma represen­tação do corpo inteiro.

Para saber mais: VIVAS,Rodrigo. Por uma História da Arte em Belo Horizonte: Artistas, exposições e salões de arte. Belo Horizonte: C/ Arte, 2012. 248 p.

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