Escultura XVII

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Maria Guilhermina Gonçalves Fernandes. Escultura XVII. s.d. Pedra sabão. 65 x 30,5 x 27 cm. 1º Prêmio de Escultura, XIX SMBA/PBH, 1964; obra com dano permanente em sua parte superior. Acervo Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte.

Maria Guilhermina é a artista premiada no Salão de 1964 com uma escultura realizada em pedra-sabão e intitulada Escultura XVII. A obra possui, atualmente, danos que impedem uma análise capaz de separar com precisão os aspectos conferidos pela artista quando em seu trabalho formal e aqueles acrescentados pelo acidente. Nesse sentido, somente serão abaixo transcritos os comentários que remontam ao momento da premiação recebida no XIX Salão. Na ocasião da premiação: Jayme Maurício afirmou, sobre o trabalho da artista

[…] lento e penoso; a pedra-sabão, encontrada em diversas cores (rosa, cinza, verde, lilás, preta) é mole apenas na superfície e muito dura à medida que vai sendo desbastada. Os blocos são encontrados muitas vezes depois de removidas montanhas de pedras. Peças pesadas, de transporte difícil, algumas trabalhadas durante 4 anos, Maria Guilhermina repete o Aleijadinho no uso da matéria, que alisa com refinamento, tendo já realizado várias exposições individuais e participado de coletivas, inclusive na V Bienal de São Paulo.

Apesar do juízo positivo de Jayme Maurício, Maria Guilhermina foi duramente criticada pelas publicações locais. Segundo tal ponto de vista, “[…] houve o equívoco lamentável do primeiro prêmio dado a Maria Guilhermina, artista acadêmica no pior sentido, pobre de imaginação”.

Para saber mais: VIVAS, Rodrigo. Abstrações em movimento: Concretismo, Neoconcretismo e Tachismo. Porto Alegre: Zouk, 2016. 140 p.

 

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