Alberto da Veiga Guignard. Noite de São João. 1961. 61 x 46 cm. Óleo sobre tela. Museu de Arte da Pampulha.
Na obra Noite de São João, encontra-se outra representação, em que o tema continua sendo as cidades históricas de Minas Gerais.
Constrói-se, então, na Noite de São João, a divisão da cena em inúmeras camadas. O termo “camada” é mais apropriado que “plano”, por não ser possível definir exatamente como as divisões se evidenciam. Em alguns momentos da cena, Guignard parece utilizar o mesmo efeito provocado pela colagem, produzindo uma percepção tridimensional em uma representação bidimensional.
A cena é composta por igrejas, pontes, pessoas, trem de ferro, montanhas e balões, que possuem uma ligação que forma o conjunto da imagem e, ao mesmo tempo, fazem parte do mesmo universo. Todavia, como “colagens”, assumem autonomia representativa. O distanciamento, por sua vez, corresponderia muito mais a uma situação psicológica do que uma ausência de fato.
Para saber mais: VIVAS,Rodrigo. Por uma História da Arte em Belo Horizonte: Artistas, exposições e salões de arte. Belo Horizonte: C/ Arte, 2012. 248 p.