Modo/Minas/Montanhoso II A, 1970.

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Maria do Carmo Vivacqua Martins (Madu). Modo/Minas/Montanhoso II A, 1970. Tinta sobre vidro Díptico com dimensão total de 103 x 71,5 cm: 51,5 x 71,5 cm (partes 1 e 2) Prêmio Prefeitura de Belo Horizonte, II SNA/PBH, 1970. MUSEU DE ARTE DA PAMPULHA – MAP. Inventário: Museu de Arte da Pampulha. Belo Horizonte, 2010.

Esta obra de Madu é composta de duas partes e denota também, como a de Cibele Varela, uma paisagem noturna. É figurativa, porque identificamos claramente a presença de alguns elementos que fazem parte da memória visual, como o arco-íris, o mapa símbolo do Estado de Minas Gerais, as montanhas representativas desse estado e a figura humana sobre um animal. O sentido da obra é construído na junção das duas partes. A parte I é o resultado de uma visão de farol, em que o mapa do Estado mineiro é projetado no horizonte guiado por linhas pontilhadas e luminosas. Já a parte II configura o sentido inicial dessa projeção: a figura sobre o animal é o visionário, o detentor do “farol” no olhar, que direciona ao horizonte a Minas Gerais simbólica. Como peças de um quebra-cabeça, o díptico tem o “encaixe” perfeito e se colocadas lado a lado poder-se-ia identificá-las como apenas uma obra. E se separadas, o sentido individual seria diverso, incompleto talvez.

Para saber mais: ALVES, Joana D’arc de Jesus; VIVAS, Rodrigo. Premiações nos Salões de Belo Horizonte : da ‘desmaterialização’ à realidade do circuito artístico (1969 a 1972). 2015. 113 f. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Belas Artes.

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