Quinze Lições sobre Arte e História da Arte – Homenagem e Equações.

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Frederico Morais. Arqueologia do urbano: Escavar o Futuro. Quinze Lições sobre Arte e História da Arte – Homenagem e Equações. Proposta conceituai com foto, letreiro e paisagem urbana, manifestação Do Corpo à Terra. Belo Horizonte, abril de 1970.

Morais propôs o trabalho Quinze Lições sobre Arte e História da Arte — Homenagens e Equações, que consiste em apropriações fotográficas, distribuídas por 15 áreas da cidade: 1) Arqueologia do urbano: escavar o futuro; 2) Arte cinética: “não é o que se move, mas a coincidência da instabilidade do real”; 3) A arte não deixa tra­ços; 4) Homenagem a Bachelard: “imaginar é sempre maior que vi­ver”. Imagino, logo existo; 5) Homenagem a Brancusi: coluna infinita; 6) “Kitsch” = Resíduo da Arte = Arte – resíduo de “kitsch”; 7) Arte total = inespecificidade de todas (sic) as artes; 8) Homenagem a Breton – Desarrumar o quotidiano com a “fabricação e o lançamento em circulação de objetos aparecidos em sonho”, com “a missão de reti­ficar contínua e vivamente a lei, quer dizer, a ordem; 9) Homenagem a Duchamp: “O homem sério nada coloca em questão. Por isso ele (sic) é perigoso. É natural que se faça tirano.” “A inconsequência é a fonte da tolerância”; 10) Homenagem a Schwitters – estética do lixo e do pre­cário; 11) Arte = tensionar o ambiente. Tensionar o ambiente — treinar a percepção. Arte = exercício perceptivos; 12) Contra – arte/contra – natureza – Onde a (sic) arte? Onde a (sic) natureza? 13) homenagem a malevitch: “o mundo branco da ausência dos objetos”. 14) Homena­gem a tiradentes: “Arte = liberdade”: inscrição encontrada na parede do MAM do Rio; 15) Homenagem a Mondrian: Quando a vida tiver equilíbrio não teremos necessidade de pinturas e esculturas. Tudo será arte. A morte da vida é a vida da arte. Arte = vida.

As Quinze Lições iniciam-se com uma citação de Duchamp: “São os espectadores que fazem o quadro” e propõem interação entre o público e obra. Segundo a proposta de Morais

(…) percorra a [“exposição”] a pé. Após ver, bulir e imaginar as obras, pare por alguns instantes em qualquer lugar do parque, ou sente-se, ou deite-se sobre a grama. Respire profundamente. Escute as batidas do co­ração, tome o pulso, sinta o suor e o cansaço no seu corpo. A obra está pronta. E terminada.

Para saber mais: VIVAS,Rodrigo. Por uma História da Arte em Belo Horizonte: Artistas, exposições e salões de arte. Belo Horizonte: C/ Arte, 2012. 248 p.

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