Três Mulheres. 1962.

chanina-luwisz-szejnbejn-tres-mulheres-1962-oleo-sobre-tela-595-x-725-cm-museu-de-arte-da-pampulha-belo-horizonte

Chanina Luwisz Szejnbejn. Três Mulheres. 1962. Óleo sobre tela. 59,5 x 72,5 cm. Museu de Arte da Pampulha. Belo Horizonte.

A obra de Chanina estaria dividida em temas como rostos de mu­lheres, pássaros e bichos. A obra Três Mulheres é composta por três mulheres no primeiro plano, destacadas por cores diferentes. A mulher do centro é mais clara e está mais à frente das outras duas: uma morena, à esquerda, e uma negra, à direita. As três estão vestindo saias com os seios a mostra, sendo que as figuras, situadas na extremidade da cena, usam vestidos vermelhos com detalhes arredondados, próxi­mos às formas existentes na pena do pavão. Nota-se ainda que a mulher ao centro, além de “branca”, diferencia-se por estar vestida com uma saia escura. As três mulheres seguram flores, que nas mãos parecem ter sido retiradas do jardim situado no segundo plano da cena.

Os temas de Chanina repetem-se ao longo de toda sua carreira artís­tica. As mulheres, quando apresentadas, possuem poucas variações, e o desenho do rosto, praticamente, repete-se em toda a obra. E possível notar algumas aproximações de seu trabalho com o de Di Cavalcanti (década de 1920) na obra Samba.

As convergências entre Três Mulheres e Samba parecem estar no interesse de representar mulheres nuas, em uma situação de descontração em relação à paisagem e ao ambiente. No caso de Di Cavalcanti, as mulheres aparecem, em uma festa, rodeadas por outras pessoas, mas sem nenhum constrangimento, justificado, talvez, pela permissividade do ambiente.

Para saber mais: VIVAS,Rodrigo. Por uma História da Arte em Belo Horizonte: Artistas, exposições e salões de arte. Belo Horizonte: C/ Arte, 2012. 248 p.

Deixe um comentário