Túmulos. 1972.

teresinha-soares-tumulos-premio-prefeitura-de-belo-horizonte-museu-de-arte-de-belo-horizonte-atual-museu-de-arte-da-pampulha-1972

Teresinha Soares. Túmulos. Prêmio Prefeitura de Belo Horizonte. Museu de Arte de Belo Horizonte (atual Museu de Arte da Pampulha). 1972. Acervo Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte.

obra “Túmulos” de Teresinha Soares (premiada no IV Salão Nacional de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte em 1972) é, de acordo com Ângelo Oswaldo na matéria jornalística escrita em 1979 em análise ao referido Salão, uma indicação de que a morte dos Salões enquanto experimentação artística de fato acontece; a artista leva ao museu literalmente uma representação da morte em sua obra que mistura objeto e atuação performática.

Tive a oportunidade de escrever sobre o IV Salão Nacional de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte, em 1972, e o que então consegui produzir foi o atestado de óbito do evento, aproveitando o túmulo que Teresinha Soares, pressentindo-lhe a morte, havia levado para o recinto do Museu em meio às sarcásticas pompas fúnebres.Exumando o corpo do Salão na sepultura em que Teresinha Soares acabara de guardá-lo, verifiquei que a ‘causa mortis’ era a senilidade aguda que deteriorara toda a possibilidade de vida de uma proposta de arte encerrada no tempo. (OSWALDO, Ângelo. No salão anti-salão, é hora de ver a realidade. Estado de Minas, 15 de dezembro de 1979).

Para saber mais: Vivas, Rodrigo ; ALVES, Joana D’Arc de Jesus . OBJETO E PARTICIPAÇÃO , DO CORPO À TERRA E OS SALÕES: PARALELO NA DÉCADA DE 1970. In: 23 Encontro da ANPAP, 2014, Belo Horizonte. 23 Encontro da ANPAP. Belo Horizonte: ANPAP, 2014. v. 1. p. 173-189.

Deixe um comentário